Ao invés de te procurar no tempo, o surgir do instante do nada.
Ao invés de te esperar, o súbito do inesperado.
Ao invés de te querer, o prazer de num todo me dar.
Ao invés de beber um chá, partilharmos o ritual de o preparar.
Ao invés da pressa apressada de viver, o doce deambular pelo Bairro Gótico.
Porque neste verso e reverso de vida, gosto de colorir os teus beijos.
Porque gosto desta luz que envolve o teu corpo e de não saber se estou na China, ao no Japão, ou noutro lugar qualquer.
Porque gosto de como despes o meu quimono e de como inventas histórias com os dragões e as aves que o povoam.
Gosto ainda de escorregar pela tua pele e ficar ao ouvir sons vindos da rua numa fusão de sentidos. Água de chuva, música da janela vizinha, passos, ou uma voz que canta.
Ao invés de me pentear, deixo que fiquem as tuas mãos no meu cabelo.
E um grafitti na parede parecia-nos uma flor de lótus trazida do Oriente.
2 comentários:
Ao invés de beber um chá, partilharmos o ritual de o preparar.
Tem aquele cheiro envolvente das coisas que só o oriente mesmo tem.
bjca
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