«No meio desta ansiedade, uma notícia ajuda a dormir em paz. Uma só certeza: a de que os jacarandás voltaram! Esta semana, apesar da seca e mau grado o clima errático, que provocaram um estado vegetativo desequilibrado, os jacarandás floriram. Nas Trinas e nas Praças, na D. Carlos I e no Salitre, na Burra e em Belém, apareceram, tímidos e frágeis. Já não era sem tempo. Lisboa precisa de cor. Isto precisa de esperança.»
António Barreto (Publico, 15-05-05)
"Tempo
de seus passos vindo
pelo tapete de roxas flores
dos jacarandás enfileirados na rua.
Hoje
é eterno o ontem
da silhueta de Maria
caminhando no asfalto da memória
em nebuloso pé ante pé do tempo.
... Todo o tempo
colar de missangas ao pescoço
sempre o tempo todo
suruma minha suruma da saudade.
Suruma daquela saudade
das flores dos jacarandás
nos passos de Maria."
José Craveirinha
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