La Forêt Rouge (Robert Wyatt)
Divagando por aí.... Pescar palavras, ideias, imagens com sentido, sem sentido, mas sempre, sempre com os sentidos à flor da pele. Às fotografias e textos que vou fazendo, igualmente junto coisas que gosto. De amigos, ou de pessoas que admiro. Por aqui viverá a textura da minha pele. Por aqui escorrerá a minha vida.
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Será a "Origem do Mundo" pornográfica?
Gustave COURBET
A Origem do Mundo
1866
Óleo s/ tela
46 x 55 cm
Musée d'Orsay, Paris
"PSP de Braga justifica apreensão de livros com “perigo de alteração da ordem pública”
in Público, 24.02.2009
O Comando da PSP de Braga justifica a apreensão dos livros com uma pintura do francês Gustave Courbet (1819-1877) com o “perigo de alteração da ordem pública” que a exposição pública da obra estava a provocar.A polícia adianta que a confiscação dos livros não ficou a dever-se à violação de “qualquer norma do código penal”, mas às queixas dos pais de várias crianças que visitaram a feira do livro em saldo, no centro da cidade.“Tratou-se de uma medida cautelar para evitar uma alteração da ordem pública e o cometimento de outros crimes”, afirmou ao PÚBLICO o segundo-comandante da PSP Henriques Almeida, que diz ter havido “iminência de confrontos físicos” no recinto da feira.“Havia vários grupos de crianças a visitar a feira que, depois de se aperceberem da obra, arrastaram vários colegas para a verem. Os pais não gostaram da situação, começaram a ficar inquietados e pediram aos organizadores que retirassem os livros”, explica o responsável da polícia. Quanto à explicação avançada no auto de apreensão dos livros de que estes “apresentavam cenas com conteúdo pornográfico, estando os mesmos expostos ao público”, Henriques Almeida admite ter-se tratado de uma “confusão” dos agentes da PSP com o título da obra em causa (“Pornocracia” de Catherine Breillat).
A intenção do pintor, foi na altura de chocar a sociedade francesa dos meados do séc. XIX.
Passados anos esta pintura continua a produzir efeitos nos moralismos bafientos. A nudez é pornográfica? E se nos desse agora para tapar as estátuas nuas e por aí fora....
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Amanhã é "Manhã de Carnaval"
Pierrot, Arlequim e Colombina
Di Cavalcante, 1922
Di Cavalcante, 1922
Luciano Pavarotti e Caetano Veloso - Manhã de Carnaval
Manhã de Carnaval
Composição: Música: Luiz Bonfá - Letra: Antonio Maria
Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus
Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor
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quarta-feira, fevereiro 18, 2009
"Une Semaine de Bonté" Max Ernst
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segunda-feira, fevereiro 16, 2009
"Os noivos voadores de Chagall
II - Os noivos voadores de Chagall
como se escrevesse um poema pinto a mulher
que irrompe da plumagem azulínea do galo
por cima das pontes anoiteceu onde flutuam
o bode e os noivos lancei por terra barreiras
entre elementos e leis físicas
para que o meu país se tornasse mais real
mais próximo de mim quando no exílio pouso
os lábios nas cores de avelã ou das nozes e
fico com o sabor delas na boca
recordo assim a casa paterna em vitebsk os nevões
de s. petersburgo aquela criança no mercado
apanhando moedas atiradas ao tapete e a cabra triste
em equilíbrio - bailando - em cima do gargalo da garrafa
os músicos de acordeão e violino sob o clarão da lua
estes noivos que toda a minha vida esvoaçaram felizes
de pintura em pintura pelos nocturnos céus do país
Al Berto
como se escrevesse um poema pinto a mulher
que irrompe da plumagem azulínea do galo
por cima das pontes anoiteceu onde flutuam
o bode e os noivos lancei por terra barreiras
entre elementos e leis físicas
para que o meu país se tornasse mais real
mais próximo de mim quando no exílio pouso
os lábios nas cores de avelã ou das nozes e
fico com o sabor delas na boca
recordo assim a casa paterna em vitebsk os nevões
de s. petersburgo aquela criança no mercado
apanhando moedas atiradas ao tapete e a cabra triste
em equilíbrio - bailando - em cima do gargalo da garrafa
os músicos de acordeão e violino sob o clarão da lua
estes noivos que toda a minha vida esvoaçaram felizes
de pintura em pintura pelos nocturnos céus do país
Al Berto
sábado, fevereiro 14, 2009
"o amor, as mãos ininterruptas"
O Amor,
"Havia uma cidade em espanto linear a cavalo noutra cidade em geometria ambígua, um jardim era metade do outro, em que as pétalas andavam para trás e para diante, com o perfume trocado e o silêncio das cores tremendo no seu erro cheio de alvoroço florido, os arquitectos disseram: é preciso um novo espaço para estas duas pessoas que estão a pensar tanto com o corpo – e numa casa abria-se a porta que vigiava os corredores onde o pólen se acendia e dançava, e de repente a porta descerrava o espectáculo antigo do nascimento da lua num quarto escuro, via-se o que a lua sempre fez para trepar do soalho para o tecto pelas paredes docemente retardadas, era o tempo da seda entre os nossos vinte dedos embrulhados, e alguém escrevia à máquina num dos planos de intersecção urbana, e a frase escrita aparecia com o seu rumor externo noutro sítio, mas agora via-se no meio de uma clareira de silêncio vivo, e ia-se apreendendo a nossa mútua nudez colocada no sentido da frase, nós éramos essa cidade tremendamente posta em uso, em toda a parte estavam mãos em vez de garfos e lâmpadas, e a frase era assim: o amor, as mãos ininterruptas."
Herberto Hélder
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terça-feira, fevereiro 10, 2009
Às minhas filhas - Viva La Vida - Coldplay
À Sara e à Mariana
A capa do CD, Viva la Vida or Death and All His Friends, tem como base um quadro de Eugène DELACROIX ("Liberdade conduzindo o povo, 28 de Julho de 1830", que se encontra no Museu do Louvre em Paris. O título de um quadro de Frida Kahlo. Ganhou o Grammy de melhor album do ano na semana passada.
Coldplay - Viva La Vida
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own
I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing
"Now the old king is dead! Long live the king!"
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand
I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
Missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
Once you'd gone there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world
It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become
Revolutionaries Wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?
I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name
Never an honest word
And that was when I ruled the world
(Ohhhhh Ohhh Ohhh)
Hear Jerusalem bells a-ringings
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world
http://www.coldplay.com/
A capa do CD, Viva la Vida or Death and All His Friends, tem como base um quadro de Eugène DELACROIX ("Liberdade conduzindo o povo, 28 de Julho de 1830", que se encontra no Museu do Louvre em Paris. O título de um quadro de Frida Kahlo. Ganhou o Grammy de melhor album do ano na semana passada.
Coldplay - Viva La Vida
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own
I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing
"Now the old king is dead! Long live the king!"
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand
I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
Missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
Once you'd gone there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world
It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become
Revolutionaries Wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?
I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name
Never an honest word
And that was when I ruled the world
(Ohhhhh Ohhh Ohhh)
Hear Jerusalem bells a-ringings
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world
http://www.coldplay.com/
domingo, fevereiro 08, 2009
Ferreira da Silva [vidro 1]
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
terça-feira, fevereiro 03, 2009
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Ao Mano (Ferreira da Silva, 80 anos)
Luis Ferreira da Silva
CCC, Caldas da Rainha
01.02.2009
Festa de homenagem
CCC, Caldas da Rainha
01.02.2009
Festa de homenagem
E porque sei que o Ferreira da Silva gosta. Assim uma força da natureza como ele.
Bjork- Pagan Poetry Royal Opera House
Aqui deixo toda a minha admiração, a felicidade de tanta partilha conjunta e um beijo enorme mistura de amizade e tanto mais.
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