Saint-Lazare Station
1877
Oil on canvas
54.3 x 73.6 cm
National Gallery, London
http://www.monet2010.com/fr
Divagando por aí.... Pescar palavras, ideias, imagens com sentido, sem sentido, mas sempre, sempre com os sentidos à flor da pele. Às fotografias e textos que vou fazendo, igualmente junto coisas que gosto. De amigos, ou de pessoas que admiro. Por aqui viverá a textura da minha pele. Por aqui escorrerá a minha vida.
sexta-feira, outubro 01, 2010
terça-feira, julho 06, 2010
Uma Viagem à Costa Rica
XXII
"A última aldeia ficava a mais de seis horas de subidas íngremes e resvaladiças. Decidi parar ainda antes do anoitecer. Acendi o lume que agora se vai extinguir e abriguei-me debaixo destas raízes suspensas, um pouco monstruosas, pois lembram um céu vivo, em contínua expansão. Eu e o meu firmamento na floresta virgem, desaconselhada – último capricho de um viajante que não encontra motivos para o seu regresso? Enrolei-me na manta. Dormira cerca de duas horas, atravessado pelos sonhos que a cada momento me fazem diferente. E anoitecia. A noite voltava à tomada de tudo, mas ia concedendo uma parcela de azul forte a Oeste, sombreada por nuvens, aqui e ali violácea, abrindo uma passagem no emaranhado de raízes e imagens de raízes."
José Ricardo Nunes
in Uma Viagem à Costa Rica, ed. do autor
fotografias de Margarida Araújo
"A última aldeia ficava a mais de seis horas de subidas íngremes e resvaladiças. Decidi parar ainda antes do anoitecer. Acendi o lume que agora se vai extinguir e abriguei-me debaixo destas raízes suspensas, um pouco monstruosas, pois lembram um céu vivo, em contínua expansão. Eu e o meu firmamento na floresta virgem, desaconselhada – último capricho de um viajante que não encontra motivos para o seu regresso? Enrolei-me na manta. Dormira cerca de duas horas, atravessado pelos sonhos que a cada momento me fazem diferente. E anoitecia. A noite voltava à tomada de tudo, mas ia concedendo uma parcela de azul forte a Oeste, sombreada por nuvens, aqui e ali violácea, abrindo uma passagem no emaranhado de raízes e imagens de raízes."
José Ricardo Nunes
in Uma Viagem à Costa Rica, ed. do autor
fotografias de Margarida Araújo
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Cavacos das Caldas,
Fotografia,
José Ricardo Nunes
sexta-feira, junho 18, 2010
Cadernos de Lanzarote
Lanzarote
"(...) Há aves que levam a vida a dizer: «Ah, se eu quisesse!...» - e nunca levam voo, só andam: Provavelmente, o melhor ainda será nascer sem asas e fazê-las alargar à nossa custa. Sonhar que voamos é sinal de crescimento. (...)»
in Cadernos de Lanzarote III, ed. Caminho, Lisboa 1999
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Centro Português de Fotografia,
José Saramago
terça-feira, junho 15, 2010
domingo, maio 16, 2010
À janela
Gatos à janela é coisa comum, mas nas Caldas para além dos verdadeiros de carne, de osso e pêlo ainda existem os de cerâmica.
Num dos Museus, ou em casas particulares, ainda nalgumas lojas, encontramo-los contemplativos, descansados e às vezes até assanhados.
À janela os felinos aquecem-se ao sol. Outros, já quentes do forno, de barro cozido, ficam imóveis, fitando o tempo que passa, eles próprios parados no tempo.
Gata "Pili"
finais do séc. XIX
Rafael Bordalo Pinheiro
ass. com o monograma do autor: RBPFábrica de Faianças das Caldas da Rainha
colecção particular
Gato
séc. XX
José BeloCaldas da Rainha
colecção particular
em colaboração com http://externatoramalhoortigao.blogspot.com/
terça-feira, abril 13, 2010
segunda-feira, março 01, 2010
Desalinhados cabelos que o amor envolteia
Desalinhados cabelos
que o amor envolteia.
Na noite fria alguém
trompeteia notas azúis,
improvisos ao sul
e a tua mão virtuosa.
Uma sonoridade rouca,
sem arranjos,
"free" e "hot".
Charlie Haden - Carla Bley 7 / 8
que o amor envolteia.
Na noite fria alguém
trompeteia notas azúis,
improvisos ao sul
e a tua mão virtuosa.
Uma sonoridade rouca,
sem arranjos,
"free" e "hot".
Charlie Haden - Carla Bley 7 / 8
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Carla Bley,
Charlie Haden,
New Liberation Music Orchestra
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
Folha a folha...
© margarida araújo
Folha a folha como se constrói um pássaro
e entre si o ar e a árvore
se iluminam.
O pássaro canta, alguém escuta, as coisas juntam-se
em desequilíbrio
no grande buraco luminoso para cima.
E o canto continua tudo entre árvore e ar
com a luz desarrumada folha a folha.
E cada coisa regressa de si mesma.
No papel onde se levanta o mundo numa baforada desde as unhas
ao braço e à cara e à boca no som apenas
de pedaços de palavras,
a assimetria dos dedos nos vocabulários que faíscam, uma
soletração pouca.
O canto inteiro escrito arterialmente perto,
coluna de sangue e ar,
canto pequeno.
Herberto Helder
in Ou o Poema Contínuo; "Do Mundo", IV
sábado, janeiro 16, 2010
sábado, janeiro 09, 2010
sexta-feira, janeiro 08, 2010
quinta-feira, janeiro 07, 2010
I FESTIVAL INTERNACIONAL DE JAZZ CASCAIS 1971
Eu não estive lá, mas bons amigos estiveram
a Villas-Boas um dos grandes promotores do Jazz em Portugal
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Villas-Boas
quarta-feira, janeiro 06, 2010
Joe Lovano and Hank Jones
Joe Lovano and Hank Jones
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saxofonista
domingo, janeiro 03, 2010
sexta-feira, janeiro 01, 2010
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